UNOPAR
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA:
Valéria Cristina Schiavon
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA EM
SALA DE AULA NO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Dedico este trabalho
especialmente a Deus a aos meus pais que me ajudaram a concluir este sonho que
tanto esperei em minha vida. Não é impossível realizar um sonho, basta
acreditar nele.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, aos meus pais e aos meus professores a oportunidade de ter
concluído este curso. As minhas colegas de classe que me apoiaram nessa
caminhada.
SCHIAVON, Valéria
Cristina. A Importância da Leitura em Sala de Aula. 2012 nº 49 p.Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação – Pedagogia) – Sistema de Ensino Presencial
Conectado, Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2012.
RESUMO
O estudo da
importância da leitura em sala de aula realizado numa escola rural no município
de Tamarana teve como objetivo refletir e compreender como as dificuldades de
leitura acontecem, em razão dos alunos morarem longe da escola e a mesma ser o
único espaço para o desenvolvimento da leitura. A pesquisa bibliográfica
investigou grandes teóricos como Emília Ferreiro, Jean Piaget e Lev Vygotsky
sobre o desenvolvimento e a aprendizagem da criança, suas fases ou período que
abrange desde seu nascimento, durante a adolescência e o seu período escolar.
Em seguida foi abordado assuntos referentes à leitura e a escola, a leitura em
sala de aula, aquisição da leitura e suas dificuldades, a leitura e a prática
do professor. Logo após iniciou-se a pesquisa de campo e sua análise, em
seguida foram coletados dados das atividades da intervenção em sala de aula, a
metodologia e os procedimentos utilizados para a verificação das dificuldades
dos alunos, análise e discussão da intervenção e as considerações finais.
Palavras – Chave: leitura, escrita, aprendizagem, escola, dificuldades.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho
intitulado A Importância de Leitura em Sala de Aula no 3º ano do ensino
fundamental, realizado em uma escola rural no município de Tamarana, vem
constatar que algumas crianças não conseguem avançar em sua aprendizagem em
leitura e escrita por não terem acesso a livros, em razão de morarem em
assentamentos e sítios onde, a escola é o único espaço para o desenvolvimento
da leitura. Ao desenvolver este estudo procurou-se identificar na sala de aula
do 3º ano alunos que apresentassem algumas dificuldades tanto na leitura quanto
na escrita, visando uma intervenção no processo de interpretação dos mesmos na
linguagem oral e escrita. O objetivo principal proposto é que o aluno leia e
entenda o que leu e saiba identificar os erros gramaticais e ortográficos de
suas produções textuais.
Os objetivos específicos
abrangem outras modalidades como: utilizar corretamente os parágrafos e
pontuações, desenvolver a escrita de forma coerente onde a produção textual
tenha na sua estrutura começo, meio e fim, compreender o que lê e escreve,
interpretando não apenas como palavra escrita mas com significado.
A problemática da
pesquisa desenvolvida foi em razão de que os alunos têm dificuldades em leitura
e a única oportunidade que eles têm no contato com os livros é na escola e nas
aulas da hora do conto com o empréstimo de livros uma vez por semana. Para
realizar o estudo das dificuldades em leitura, primeiramente buscou-se
investigar como a criança se desenvolve e aprende para distinguir os
procedimentos a serem desenvolvidos referentes à intervenção da leitura e
escrita em sala de aula, e a visão dos teóricos em educação.
A teoria de Emília
Ferreiro concebe a criança como agente de seu desenvolvimento a partir da sua
alfabetização. Na visão de Piaget a criança aprende por experiências do que por
erros, por prazer do que pelo sofrimento, evoluindo de um estágio para outro no
seu desenvolvimento biológico e cognitivo. Para Vygotsky a criança se
desenvolve através de conceitos e do convívio social, está diretamente ligada
aos estímulos que recebe culturalmente. Na aplicação da intervenção foram
utilizadas atividades como: interpretação de texto, produção de texto
individual e compartilhada, atividades ortográficas para verificar as hipóteses
e conceitos que a criança identifica ao ler e escrever. Após a intervenção foi
analisada a pesquisa de campo através de questionário sobre as dificuldades dos
alunos, após a análise dos dados foi elaborado uma tabela com as respostas dos
professores.
O levantamento das
informações bibliográficas foi pesquisado na internet, livros didáticos, livros
específicos sobre a alfabetização, biblioteca digital, sites e blogs. O
trabalho foi estruturado em três capítulos. No primeiro capítulo foram
investigados os grandes teóricos sobre o desenvolvimento e a aprendizagem da
criança, suas fases e períodos no campo intelectual, social e afetivo. O
segundo capítulo abrange a leitura e a escrita como agentes da aprendizagem, a
escola como facilitadora no processo ensino aprendizagem, as dificuldades do
aluno em leitura e a prática do professor em buscar estratégia tanto nas
tradicionais como nas novas tecnologias. No terceiro capítulo destaca-se a
pesquisa de campo e sua análise, a intervenção nas atividades e sua discussão
sobre as dificuldades e os resultados da mesma.
A contribuição teórica
para o curso de pedagogia referente as dificuldades em leitura em sala de aula
que servirão como suporte de pesquisa para os futuros estudantes de pedagogia e
para os professores alfabetizadores do ensino fundamental. As disciplinas do
curso de pedagogia vieram enriquecer os conhecimentos e dar a oportunidade de
concluir este trabalho.
1 DESENVOLVIMENTO E A APRENDIZAGEM DA
CRIANÇA NA VISÃO DE GRANDES TEÓRICOS.
1.1. EMÍLIA FERREIRO
Para Emilia
Ferreiro, o desenvolvimento da leitura e da escrita começa muito antes da
escolarização. Desde que nascemos somos construtores de conhecimento, no
esforço de compreendermos o mundo que nos rodeia. Levantamos problemas muito
difíceis e abstratos e procuramos descobrir respostas para eles. Construímos
objetos complexos de conhecimento, e o sistema de escrita é um desses objetos
complexos que construímos. A autora estabelece duas distinçõe
1. Problema epistemológico
fundamental: que estabelece uma distinção entre a construção de um objeto de
conhecimento e a maneira pela qual fragmentos de informação são ou não
incorporada como conhecimento. As crianças do meio urbano estão em contato com
o material escrito e com ações sociais vinculadas a esse tipo de material. Ela
afirma que “a construção de um objeto de conhecimento implica muito mais que
mera coleção de informações. Implica a construção de um esquema conceitual que
permite interpretar dados prévios e novos dados (isto é, que possa receber informação
e transforma-la em Problema conhecimento)...”.
2. Distinção entre métodos
ou procedimentos de ensino e o processo de aprendizagem. A autora afirma que
“há uma série de passos ordenados antes que a criança compreenda a natureza de
nosso sistema alfabético de escrita e que cada passo caracteriza-se por
esquemas conceituais específicos, cujo desenvolvimento e transformação
constituem nosso principal objeto de estudo”. “...as crianças levam em conta
parte de informação dada e introduzem sempre ao mesmo tempo algo de pessoal
È um processo construtivo,
dai é difícil julgar o nível conceitual de uma criança, considerando unicamente
os resultados, sem levar em conta o processo de construção. Só a consideração
conjunta do resultado e do processo permite-nos estabelecer interpretações
significativas. A construção da leitura e da escrita tem uma lógica individual,
embora aberta à interação social, na escola e fora dela. No processo a criança
passa por etapas, com avanços e recuos até se apossar do código linguístico e
dominá-lo. O tempo necessário para o aluno transpor cada uma das etapas é muito
variável. Duas das consequências mais importante do construtivismo para a
prática de sala de aula são respeitar as evoluções de cada criança e
compreender que um desempenho mais vagaroso não significa que ela seja menos
inteligente ou dedicada do que as demais. Outra noção que se torna importante
para o professor é que o aprendizado não é provocado pela escola, mas pela
própria mente da criança e, portanto elas já chegam ao seu primeiro dia de aula
com uma bagagem de conhecimentos. De acordo com a teoria exposta em
Psicogêneses da Língua Escrita, toda criança passa por quatro fases até que
esteja alfabetizada: • Pré-silábica: não consegue relacionar as letras com o
som da língua falada. • Silábica: interpreta a letra da sua maneira, atribuindo
valor de sílaba a cada uma. • Silábico alfabético: mistura a lógica da fase
anterior com a identificação de algumas sílabas. • Alfabética: domina, enfim, o
valor das letras e sílabas. Com base nesses pressupostos, Emilia Ferreiro
critica a alfabetização tradicional, porque julga a prontidão das crianças para
o aprendizado de leitura e da escrita por meio de avaliações de percepção
(capacidade de discriminar sons e sinais) e de motricidade (coordenação,
orientação espacial, etc). Dessa forma dá-se peso excessivel do aspecto
exterior da escrita (saber desenhar as letras) e deixarem-se de lado suas
características conceituais, ou seja, a compreensão da natureza da escrita e
sua organização. Para os construtivistas, o aprendizado da alfabetização não
ocorre desligado do conteúdo da escrita. É por não levar em conta o ponto mais
importante da alfabetização que os métodos tradicionais insistem em introduzir
os alunos à leitura com palavras aparentemente simples e sonoras (como babá,
bebê papa), mas que, no ponto de vista da assimilação das crianças,
simplesmente não se ligam a nada. Segundo o mesmo raciocínio equivocado, o
contato da criança com a organização da escrita é adiada para quando ela já for
capaz de ler as palavras isoladas, embora as relações que ela estabelece com os
textos inteiros sejam enriquecedores desde o início. A escrita da criança não
resulta de simples cópia de um modelo externo, mas é um processo de construção
pessoal, no sentido que inicialmente precisam compreender seu processo de
construção e suas normas de produção, para Ferreiro “Ler não é decifrar,
escrever não é copiar”. Para Ferreiro-Teberosky, (1985, p. 22).
A criança que procura
ativamente compreender a natureza da linguagem que se fala a sua volta e que, é
tratado de compreendê-la, formula hipóteses, busca regularidades, coloca a
prova suas antecipações e cria a sua própria gramática (que não é simples cópia
deformada do modelo do adulto, mas uma criação original). (FERREIRO; TEBEROSKY,
1985, p. 22).
Emília Ferreiro é
extremamente sincera ao afirmar: “A minha contribuição foi encontrar uma
explicação segundo a qual, por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que
olham, dos ouvidos que escutam, há uma criança que pensa”. As ideias de
Ferreiro uma das mais valiosas e recentes contribuições numa abordagem
construtivista interacionista da aprendizagem é, integrar o conhecimento
espontâneo da criança ao ensino, dando-lhe maior significado. Conhecendo o
processo pelo qual as crianças constroem seu próprio sistema de leitura e
escrita.
1.1.1 Jean Piaget.
Jean Piaget revolucionou
as concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo, partindo de
pesquisas baseadas na observação e em entrevistas que realizou com crianças.
Interessou-se fundamentalmente pelas relações que se estabelecem entre o
sujeito que conhece e o mundo que tenta conhecer. Considerou-se um epistemólogo
genético porque investigou a natureza e a gêneses do conhecimento nos seus
processos e estágios de desenvolvimento. Piaget não teorizou no vazio, ao
contrário, buscou na vida cotidiana a materialidade capaz de dar as suas obras
um caráter de verdade histórico. Segundo Jiron Matuí (1995, p. 62) Piaget
considera que o homem é, “sujeito histórico na medida em que traduz sua
organização biológica pelas ações própria da cultura na qual vive, a qual é,
por sua vez, produto do homem enquanto sujeito histórico”. Na epistemologia
genética a criança aprende captando habilidades pelos dedos das mãos e dos pés,
para dentro de si, absorvendo habilidades e atitudes dos que a rodeiam,
empurrando e puxando o seu próprio mundo. A criança aprende mais por
experiência do que por erro, mais por prazer do que pelo sofrimento, mais pela
experiência do que pela sugestão e mais pela sugestão do que pela direção, a
criança aprende pela afeição, pelo amor, pela paciência, pela compreensão, por
pertencer, por fazer e por ser. Sua teoria modificou a pedagogia tradicional
que, até então, afirmava que a mente de uma criança é vazia, esperando ser
preenchida pelo conhecimento. Ele afirma que as crianças são as próprias
construtoras ativas do seu conhecimento, constantemente criando e testando suas
teorias sobre o mundo. Piaget foi um interacionista convicto, e acreditava que
a experiência ativa com o mundo é essencial para o crescimento cognitivo.
Atribuía grande importância a maturação orgânica e a adaptação do sujeito ao
meio em que vive. A assimilação progressiva do meio ambiente e uma acomodação
das estruturas mentais para os novos conhecimentos. Sua teoria é dividida em
período de acordo com o aparecimento das qualidades do pensamento. As
principais características do desenvolvimento de cada período são: Período
sensório motor (0 a 02 anos). • Conquista o universo por meio da percepção e
dos movimentos. • O desenvolvimento físico ocorre de forma acelerada e é
suporte para o aparecimento de novas habilidades (sentar, andar...). •
Diferenciação progressiva entre o seu eu e o mundo exterior. • Por volta de um
ano de idade, admite que o objeto continue a existir mesmo quando ela não o
percebe (não está no seu campo visual) • Emoções primárias: escolha efetiva do
objeto manifesta preferências. • Dois anos evolui de uma atitude passiva para
uma atitude ativa e participante. • Repertório verbal usado de forma imitativa,
sem o domínio do significado das palavras. • No aspecto afetivo, surgem os
sentimentos interindividuais, o respeito que a criança nutre pelos indivíduos
que ela julga superior, misto de medo e temor. Período pré-operatório (02 a 06
anos). • Aparecimento da linguagem oral por volta de 2 anos. • Possui esquemas
de ações interiorizados, chamados de esquemas representativos e simbólicos, ou
seja, esquemas que envolvam uma ideia preexistente a respeito de algo. • O
pensamento pré-operatório indica, portanto, inteligência, capaz de ações
interiorizadas, ações mentais, mas é chamado de pensamento egocêntrico (ou
seja, centrado no ego no sujeito). • Animismo: este termo indica que a criança
empresta “alma” ( anima, em latim) às coisas e animais atribuindo-lhes
sentimentos e intenções próprio do ser humano. • Antropomorfismo ou atribuição
de forma humana a objetos e animais. • As ações são internalizadas, mas não
reversível. Período das operações concretas (07 a 11 ou 12 anos). • Início da
construção lógica, isto é, a capacidade da criança estabelecer relações que
permitam a coordenação de pontos de vista diferentes. • No plano afetivo,
significa que ela será capaz de cooperar com os outros, de trabalhar em grupo e
ter autonomia pessoal. • No plano intelectual surge uma nova capacidade: as
operações, isto é, ela consegue realizar uma ação física ou mental dirigida
para um fim (objetivo) e revertê-la para o início. • Inicia a capacidade de
reflexão (pensar antes de agir). • Estabelece corretamente as relações da causa
e efeito e de meio e fim. • Sequenciar ideias ou eventos. • Trabalhar com
ideias sob dois pontos de vista. • Formar o conceito de números. • Campo
afetivo: apresenta conflitos de tendência ou intenções (entre o dever e o prazer).
• A criança adquire autonomia e organiza seus próprios valores morais (respeito
mútuo, a honestidade, o companheirismo e a justiça). Período das operações
formais (11 ou 12 anos em diante). • Passagem do pensamento concreto para o
pensamento formal, abstrato, pois passa a dominar progressivamente, a
capacidade de abstrair e generalizar, criar teorias sobre o mundo,
principalmente sobre aspectos que gostaria de reformular. • Atinge o equilíbrio
entre o pensamento e a realidade, quando compreende a importância da reflexão
para a ação sobre o mundo real. • Quando à sua relação social: passa
inicialmente, por uma fase de interiorização, ficando por certo período
antissocial (adolescente). • Após essa fase, seu modo de pensar e de entender o
mundo não se altera mais não qualitativamente e sim quantitativamente. Os
conceitos básicos na teoria de Piaget são os esquemas: são estruturas mentais
ou cognitivas às quais os indivíduos se adaptam e se organizam o meio. A
criança quando nasce apresenta poucos esquemas. Os esquemas que ela possui são
de natureza reflexa (sucção, preensão...). a medida que cresce seus esquemas
muda continuamente e tornam-se mais refinados. O aumento na quantidade de
esquemas e seu refinamento causam o desenvolvimento cognitivo. Os processos responsáveis por essa
evolução são: assimilação que é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa
integra um novo dado perceptual, motor ou conceitual nos esquemas ou padrões de
comportamento já existente. A assimilação ocorre continuamente, pois o ser
humano está sempre processando um grande número de estímulos e a acomodação
que, diante de certas situações que geram conflito cognitivo o organismo é
impelido a se modificar a se transformar para se ajustar às demandas impostas
pelo ambiente. A acomodação pode ocorrer de duas formas: por intermédio da
criação de novos esquemas ou da modificação de velhos esquemas, com o objetivo
de assimilar um novo conceito. Dessa forma podemos dizer que os esquemas são
construídos sobre experiências repetidas e refletem no nível atual do sujeito,
de compreensão e conhecimento de mundo. O desenvolvimento cognitivo ocorre em
função de constantes desequilíbrios e equilibrasses: equilíbrio é um estado de
balanço entre assimilação e acomodação, o desequilíbrio é um estado de não
balanço entre a assimilação e a acomodação. Ocorre em função de um conflito
cognitivo e a equilibração é o processo de passagem do desequilíbrio para o
equilíbrio. Piaget dividiu o conhecimento em três áreas que são: • Conhecimento
físico (descoberta) é conhecimento das propriedades físicas de objetos e
eventos (tamanho, forma, textura, peso e outras). • Conhecimento
lógico-matemático (invenção): é o conhecimento construído a partir de pensar
sobre as experiências com objetos e eventos. • Conhecimento social: é o
conhecimento sobre o qual os grupos sociais ou culturas chegam a um acordo por
convenção. Portanto Jean Piaget acredita que a criança aprende a partir de suas
reflexões com o objeto de seu conhecimento. A socialização vai evoluindo à
medida que a personalidade vai construindo-se, isso pressupõe entender que a
criança é capaz de criar, recriar e experimentar de forma autônoma,
impulsionando seu próprio desenvolvimento.
1.1.1.1 Lev
Vygotsky.
Para Vygotsky, o
homem possui natureza social visto que nasce em um ambiente carregado de
valores culturais, na ausência do outro, o homem não se faz homem. Partindo
desse pressuposto, Vygotsky criou uma teoria de desenvolvimento da
inteligência, na qual afirma que o conhecimento é sempre intermediado. Dessa
feita, a convivência social é fundamental para transformar o homem de ser
biológico a ser humano social, e a aprendizagem que brota nas relações sociais
ajuda a construir os conhecimentos que darão suporte ao desenvolvimento mental.
Segundo o autor, a criança nasce apenas com funções psicológicas elementares e,
a partir do aprendizado da cultura estas funções transformam-se em funções
psicológicas superiores. Entretanto, essa evolução não se dá de forma imediata
e direta, as informações recebidas do meio social são intermediadas, de forma
explícita ou não, pelas pessoas que interagem com as crianças. É essa
intermediação que dá às informações um caráter valorativo e significados
sociais e históricos. Segundo Marta Kohl de Oliveira (1992, p. 24) As concepções
de Vygotsky sobre o funcionamento do cérebro humano fundamentam-se em sua ideia
de que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo da história
social do homem. Na sua relação com o mundo, mediada pelos instrumentos e
símbolos desenvolvidos culturalmente, o ser humano cria as formas de ação que o
distinguem de outros animais. (MARTA KOHL DE OLIVEIRA, 1992, p. 24). Para
Vygotsky, a aprendizagem é um processo contínuo e a educação é caracterizada
por saltos qualitativos de um nível de aprendizagem a outro. “a aprendizagem
desperta processos internos de desenvolvimento que somente podem ocorrer quando
o indivíduo interage com outras pessoas”. Daí, a importância das relações
sociais e da cultura, como produto dessas relações, no desenvolvimento
intelectual da criança. Para explicar o processo de aprendizagem, Vygotsky
desenvolveu os conceitos de desenvolvimento potencial e mediador,
desenvolvimento real e desenvolvimento proximal. Zona de desenvolvimento
potencial ou mediador: • A zona de desenvolvimento potencial ou mediador é toda
atividade ou conhecimento que a criança ainda não domina, mas que se espera que
ela seja capaz de saber ou realizar, independentemente de sua etnia, religião
ou cultura. Zona de desenvolvimento real: • A zona de desenvolvimento real é
caracterizada por tudo aquilo que a criança já é capaz de realizar sozinha.
Nessa zona está pressuposto que a criança já tenha conhecimentos prévios sobre
as atividades que realizam. Zona de desenvolvimento proximal: • A zona de desenvolvimento
proximal é a distância entre o que a criança já pode realizar sozinha e aquilo
que ela somente é capaz de desenvolver com o auxílio de alguém. Na zona de
desenvolvimento proximal, o aspecto fundamental é a realização de atividades
com o auxílio de um mediador. Em razão de que essa é a zona cooperativa do
conhecimento. O mediador ajuda a criança a concretizar o desenvolvimento que
está próximo, ou seja, ajuda a transformar o desenvolvimento potencial em
desenvolvimento real. Uma vez que Vygotsky entende o homem como um ser social,
a interferência de outras pessoas pais, professores, colegas é um aspecto
fundamental para o desenvolvimento da criança. Nesse processo o professor deve
ser o estimulador da zona de desenvolvimento proximal.
2 A LEITURA E A
ESCOLA
2.1 LEITURAS EM SALA
DE AULA
Escrever e ler são duas
atividades da alfabetização, conduzidas mais ou menos paralelamente. Ensina-se
a ler e escrever letras, famílias silábicas, palavras, frases e textos. Na
prática do ano escolar, se dá muito mais ênfase à escrita do que a leitura.
Exige-se muito mais do aluno com relação à escrita do que com relação à
leitura. Isso se deve ao fato de a escola saber avaliar mais facilmente os
acertos e erros de escrita e não saber muito bem o que o aluno faz quando lê,
sobretudo quando ele lê em silêncio. E a escola tem a mania de querer controlar
tudo, o privilégio da escrita sobre a leitura na escola se deve a essa maior
facilidade de avaliação escolar. Porém, ler, principalmente nos primeiros anos
da escola, se torna uma atividade tão importante quanto a produção espontânea
de texto, ou talvez até mais importante. No mundo em que vivemos é muito mais
importante ler do que escrever. Muitas pessoas alfabetizadas vivem praticando
sem escrever, mas não sem ler. Ainda mais, há muitos analfabetos de escrita que
não são analfabetos de leitura. Sobretudo pessoas que vivem na cidade precisam
saber ler pelo menos placas de ônibus, números, nomes, etiquetas, documentos,
etc. Dados os problemas sérios de repetição e evasão escolar seria bom que a
escola se preocupasse menos com a escrita, especialmente com a ortografia e
desse maior ênfase à leitura desde a alfabetização. Será que se pode aprender a
ler antes de aprender escrever? Será que se pode aprender a ler sem aprender a
escrever? Sem dúvida, aliás, aprender a ler é mais fácil do que aprender a
escrever. Uma criança pode começar ouvindo histórias, aprendendo a decifrar os
sons das letras (no seu dialeto ou na escola), em diversos contextos (palavras
diferentes) e se pôr a ler pequenos textos de cujo conteúdo já tem conhecimento
(já ouviu) ou que sabe de cor, como: canções, provérbios, adivinhações, etc. Se
esse tipo de atividade for intensificado, a criança passa a ter outro tipo de
contato com a escrita, que não é simplesmente um jogo de montar e desmontar
sílabas e palavras. Terá a vantagem de adquirir uma visão mais real do que
escrita, o que lhe facilitará o aprendizado da própria forma ortográfica.
Aprendendo os primeiros segredos da leitura, as crianças ficam ávidas (desejo
pelo saber) por ler e, na grande maioria dos casos, frustram-se pela falta de
material de leitura. É preciso repousar esses procedimentos em relação à
escrita e a leitura na escola,dando um lugar de maior prestígio á leitura desde
o início do processo de alfabetização. Uma criança que aprende a ler toma
velocidade no aprendizado do primeiro ano de escolaridade. Um aluno que não lê
aprenderá o restante de sua aprendizagem com dificuldades e poderá passar a ter
uma relação delicada com a escrita, não entendendo muito bem como funciona a
mesma. Leffa (1996, p. 10) descreve: “a verdadeira leitura só é possível quando
se tem um conhecimento prévio, pois não lemos apenas as palavras escritas, mas
também o próprio mundo que nos cerca”. Na escola a leitura serve não só para se
aprender a ler, como para aprender outras coisas, lendo. Serve ainda para se
ensinar e treinar a pronúncia dos alunos no dialeto padrão e em outros. A
leitura é uma maneira de se aprender o que é escrever e qual a forma ortográfica
das palavras. Para conseguir esses objetivos da leitura é preciso planejar as
atividades de tal modo que se possa realizar o que se pretende. A leitura não
pode ser uma atividade secundária na sala de aula ou na vida, uma atividade
para a qual o professor e a escola não dedicam mais que uns míseros minutos na
ância de retomar os problemas da escrita, julgando mais importantes. Há um
descaso enorme pela leitura pelos textos, pela programação dessa atividade na
escola, no entanto a leitura deveria ser a maior herança legada pela escola aos
alunos, pois ela, e não a escrita, será a fonte perene de educação, com ou sem
escola. A leitura é uma atividade permanente do ser humano, uma habilidade a
ser adquirida desde cedo e treinada de várias formas. Lê-se para entender e
conhecer, para sonhar viajar na imaginação, por prazer ou curiosidade. Lê-se
para questionar e resolver problemas. O indivíduo que lê participa de forma
efetiva na construção e reconstrução da sociedade e de si mesmo, enquanto ser
humano na sua totalidade. Uma atividade rica e prazerosa em sala de aula é a
hora do conto, proporcionando ao educando a oportunidade com mais clareza
construindo um conhecimento amplo, valorizando e respeitando a individualidade
e as diferenças de cada um. A leitura, assim como a escrita, possibilita ao
aluno uma efetiva participação social. Na hora do conto o professor poderá
trabalhar com os alunos vários interesses de leitura como: história de
encantamento e fadas, poemas e versos, cartas enigmáticas, charadas, trava língua,
histórias em quadrinhos, histórias de aventuras, narrativas de viagens,
explorações, invenções, situações do cotidiano infantil, teatro de fantoches,
produção de textos sobre vários temas, interpretação de textos, etc. Com o
objetivo de desenvolver o gosto pela leitura valorizando a versatilidade dos
alunos nas atividades propostas pelo professor, proporcionando um ambiente
agradável que possa levá-los a perceberem a importância do livro em suas vidas.
A formação desse leitor depende de uma prática plural e intensa de organização
em torno de textos representativos das diversidades de gêneros que circula no
espaço social em que o aluno está inscrito e é chamar, desempenhar-se como
cidadão (SILVA, 1988). A contação de histórias no âmbito da sala de aula é um
dos recursos que estão à mão do professor para fazer que seus alunos se
aproximem do mundo da leitura. Para contar uma boa história é preciso
escolhê-la com o intuito de aguçar curiosidade da criança causando-lhe
expectativas, que seja bem construída que apresentem conflitos bem delineados e
soluções que propiciem a identificação da história contada. O professor deve
dominar o texto, Lê-lo muitas vezes para compreendê-lo e deve conter:
introdução, desenvolvimento, clímax e desfecho. A duração da aula de contação
de histórias deve ter 20 minutos e as atividades deve completar no máximo 50
minutos. Podem-se utilizar vários recursos como: livros de vários gêneros,
fantoche, deboches, dramatizações, teatro, vídeo, DVDs, CDs, rádio, materiais
recicláveis, pinturas, recortes, colagens, etc. Neste enfoque a hora do conto
vem acrescentar ao professor um recurso valioso para seu aluno, valorizando a
sua capacidade de ler e interpretar textos variados motivando-o cada vez mais a
mergulhar no mundo da imaginação, da aventura e do conhecimento, percebendo
assim a importância do ato de ler. Para Richard Bamberg (1987, p. 92-93).
As condições necessárias
ao desenvolvimento de hábitos positivos de leitura incluem oportunidades para
ler de todas as formas possíveis: o livro de bolso, a formação da biblioteca, a
biblioteca da sala de aula, e da escola, a biblioteca pública. Para induzir a
leitura são necessários vários métodos e medidas especiais como: a leitura
individualizada na sala de aula e a leitura em discussão em grupo (RICHARD
BAMBERG, 1987, p. 92, 93).
A leitura é algo que
deve ser estimulado diariamente pelo professor, pela escola e pela família do
educando. Trabalhar com leitura na escola é promover a aprendizagem que sirva
para a construção de sujeitos que simplesmente não pertençam a uma sociedade,
porém a questiona e a transforma. Para elaborar um trabalho de leitura em sala
de aula o professor deve planejar seus objetivos a serem alcançados estimulando
o interesse de seus alunos. O professor tem o poder de influenciar o olhar do
aluno, direcionando leituras. É dessa forma que ao ler algo interessante o
educando adquire confiança em relação aos grandes autores, em suas narrativas
de aventuras, histórias enigmáticas, de suspense, onde cada capítulo da
história fica mais interessante. O aluno através da sua imaginação projeta
imagens como se estivesse vivenciando a história. Segundo Ezequiel Theodoro da
Silva (1988, p. 102). Recuperar o significado da leitura da palavra no meio
escolar, transformando as condições de sua realização, não é tarefa das mais
fáceis, pois envolve toda uma história de carências acumuladas e extremamente
complexas. A leitura vai depender de certas condições para ser efetuada entre
outras, o preparo do professor, e a formação de acervos específicos (EZEQUIEL
THEODORO DA SILVA, 1988, P. 102). O livro pode ser considerado como um precioso
recurso de ensino. No entanto, não é tão popular como o giz, o quadro negro, o
lápis e o caderno. É grande o número de livros editados, com e inúmeros títulos
diferentes que poderiam ser bem utilizados, concorrem pera a melhoria da
qualidade de ensino. Porém, o professor ainda se depara com uma grande
deficiência em relação à leitura por motivos culturais ou econômicos, tendo que
trabalhar com grande afinco para recuperar o hábito de leitura em seus alunos.
A leitura é algo mágico, enquanto processo de descoberta de um universo
desconhecido e maravilhoso.
2.1.1 Aquisição da
Leitura e Suas Dificuldades.
A leitura é o próprio ato
de ver na sua concretude ou representado por meio da escrita, do som, da arte,
dos cheiros. A leitura é uma experiência cotidiana e pessoal. Minha leitura é
só minha incapaz de ser a do outro... A convergência total neste ponto
inexiste, e é ai que se encontra o grande encanto da leitura, recheada de
tantos outros, mas tão única para um só. Por meio da leitura e de uma visão de
mundo, consegue-se o domínio da palavra. Por meio da palavra, trocam-se ideias
e conhecimentos, sendo possível entender o mundo que nos cerca. Através da
história de vida da criança é possível resgatar lembranças... Resgatando
lembranças, volta-se no tempo. Ao voltar-se no tempo, entendem-se as raízes que
fazem parte da cultura, essa cultura e a base da formação de cidadãos críticos
e conscientes de seus atos. Sendo assim, é impossível separar corpo e mente,
torna-se evidente a incoerência na seguimentação do conhecimento. A experiência
permite o avanço do conhecimento e, assim, a visão de mundo. Nada está
estático, nada é absoluto, as verdades se constroem e se reconstroem ao longo
da vida, a verdade está dentro dos olhos de quem a vê, no coração de quem a
sente e na mente que reflete sobre ela. Assim tudo é uma coisa só. Ler é estar
conectado com a leitura do outro, é entender que sem o outro o seu ponto de
vista é só um ponto de vista. Por leitura se entende toda manifestação
linguística que uma pessoa realiza para recuperar um pensamento formulado por
outra e colocado em forma de escrita. Uma leitura pode ser ouvida, vista ou
falada. Assim, há necessidade também de leitura áudio visual, para que o
indivíduo conviva socialmente e amplie os seus conhecimentos. A leitura na
opinião de Orlando Morais (1997). A leitura envolve em primeiro lugar a
identificação dos símbolos impressos (letras e palavras) e o relacionamento
destes com os seus respectivos sons. Em que no início do processo de
aprendizagem da leitura, a criança deverá diferenciar visualmente cada letra
impressa, percebendo e relacionando este símbolo gráfico com seu correspondente
sonoro. Quando a criança entra em contato com as palavras, deve então
diferenciar visualmente cada letra que forma a palavra, associando-a ao seu
respectivo som para a formação de uma unidade linguística significativa
(ORLANDO MORAES, 1997). Pode-se considerar então que uma criança lê, quando
entende o que o texto retrata. Pois quando está apenas decodificando e não
compreende não se pode afirmar que houve leitura. Um texto escrito pode ser
decifrado e decodificado por alguém que traduz o escrito numa realização de
fala. Esse tipo de leitura ocorre mais nos primeiros anos de escola. A leitura
oral é feita não somente por quem lê, mas pode ser dirigida a outras pessoas,
que também (leem) o texto ouvindo-o. Os primeiros contatos das crianças com a
leitura ocorrem desse modo. Os adultos leem histórias para elas. Ouvir
histórias é uma forma de ler. A diferença em ouvir a fala e ouvir a leitura está
em que a fala é produzida espontaneamente, ao passo que a leitura é baseada num
texto escrito, que tem características próprias diferentes da fala espontânea.
Ouvir uma leitura equivale a ler com os olhos, a única diferença reside no
canal pelo qual a leitura é conduzida do texto ao cérebro de quem lê. A
escrita, sem a imagem, permite que o leitor imagine e crie um mundo fantástico,
próprio para si, onde as personagens ganham a forma que ele deseja e sente.
Outro leitor, a partir da mesma leitura criará outro mundo. Certamente haverá
muitas coisas em comum, mas a criação individual, nesse caso, tem um papel
decisivo. O ato de ler amplia o conhecimento linguístico, possibilitando um
leque muito maior de reflexões e argumentações frente as problemáticas presentes
na sociedade contemporânea. A prática de leitura se faz presente em nossa vida
desde o momento em que começamos a “compreender o mundo a nossa volta”, no
constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam,
de perceber o mundo sob diversas perspectivas de relacionar a realidade
funcional com a que vivemos, no contato com um livro enfim, em todos esses
casos de certa forma, lendo embora muitas vezes não se dando conta da leitura.
Ler é questionar o mundo a ser questionado por ele, numa definição bastante
feliz de Jean Foucambert (1998).
Está nesta troca, entre o
sujeito e tudo que está fora dele, o núcleo mais essencial da leitura enquanto
ato social, não apenas enquanto aprendizagem de um código. Por isso ler é
encontrar algumas respostas para os problemas da vida, é descobrir que o mundo
e o homem podem ser diferentes. E, por isso, estar apto a mudanças, equipando a
realizar uma trajetória de desafios ao historicamente estabelecido. É ter a
capacidade de propor utopias de persegui-las (JEAN FOUCAMBERT, 1988)
Toda vez que percebemos a
identificação do leitor com situações, sentimentos e personagens vivencia-se o
poder de expressar o ser humano que o texto literário por natureza, contém. É
por isso que o leitor alimenta o seu imaginário ao interagir com as construções
literárias, inventadas a partir do real. A partir deste pensamento, pode-se
começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto desse modo, a leitura se
configura como um poderoso e essencial instrumento para a sobrevivência do
homem é um imã que atrai e prende o leitor numa relação de amor e da qual ele,
por sua vez não deseja desprender-se. Quando pensamos em leitura, também
pensamos nas dificuldades em realizá-las pelos alunos. É de suma importância
que o professor lide com esta situação enquanto mediador do conhecimento e ter
a consciência de que as dificuldades apresentadas na leitura estão intensamente
ligadas aos desenvolvimentos das habilidades na escrita provenientes de
alterações ou erros de sintaxe, estruturação, organização de parágrafos,
pontuação bem como todos os elementos necessários para a compreensão do texto.
Segundo Gregg (1992) estes transtornos podem ser gramaticais, fonológico e viso
espaciais, ocorrendo: substituições, omissões ou adições de (preposições,
conjunções, verbos...) troca de fonemas, confusões de letras, ou inversões das
mesmas. Podemos recolher um vasto material para análise através de atividade
como, cópia, ditado, escrita espontânea, visando não só a avaliação mais a intervenção
para solucionar as alterações disgráfica, por exemplo, no ditado a palavra
falada se transforma em escrita, primeiro ocorrerá uma análise acústica dos
sons relacionando os fonemas com as palavras, depois há sistema semântico, ou
seja, a extração do sentido da palavra. Os professores podem utilizar em sala
de aula cópia de letras, maiúsculas e minúsculas a escrita através do espelho,
atividades de soletração, como alunos que confundem as formas das letras e
invertem (p,d,q,b etc) aprendizagem de regras (fonemas x grafemas) além de
proporcionar estratégias adequadas de memorização, então estas disgrafias serão
superadas gradualmente. A escrita como a leitura é uma conquista para todos, em
razão de que a expressão verbal é uma criatividade que passa sentimentos,
pensamentos e sensações para as palavras, ou seja, sua auto expressão, sua
capacidade de imaginação ao elaborar um texto de grande expressividade, tendo
coerência nos seus relatos perante os personagens.
2.1.1.1 A Leitura e
a Prática do Professor.
Quando o objetivo é ler
para os alunos buscando garantir a semelhança com as situações sociais em que
faz sentido, ler para outras pessoas, é importante que o professor siga alguns
critérios como: • O professor deve sempre explicar os motivos pelos quais
deseja compartilhar a leitura aos seus alunos, porque o texto trata de uma
questão interessante, porque conta uma linda história, porque é atual, porque
está relacionado com o tema que se está trabalhando, porque está bem escrito,
porque é original, porque é divertido, porque ajuda a classe a resolver um
problema ou uma questão com a qual esteja envolvido. • Demonstre que a
qualidade do texto é o que motivou a sua escolha como algo que vale a pena ser
lido, porque é interessante, instigante, intrigante ou emocionante... • Em se
tratando de textos literários evite escolher aqueles em que “o didático”- a
interação de transmitir um ensinamento moral, por exemplo – supere a qualidade
literária em que o texto é utilizado principalmente como um pretexto para ensinar
algum conteúdo escolar. • Em se tratando de gêneros informativos, evite
escolher textos com informações banalizadas, incompletas, distorcidas,
simplificadas, supostamente escritas para um público infantil. • Compartilhe
com os alunos seu próprio comportamento de leitor experiente, mostrando-se
interessado, surpreso, emocionado ou entusiasmado com o texto escolhido –
relendo certos trechos sempre que valha a pena ou seja necessário, com a
passagem mais surpreendente da história, a parte mais complexa do texto, a
questão central da notícia, entre outras possibilidades. • Opine sobre o que
leu, coloque seus pontos de vista aos alunos e convide-os sempre a fazer o
mesmo – quer dizer, haja como qualquer leitor “de verdade”. • Ajude os alunos a
descobrirem significado do texto a partir do contexto, em vez de ficar
explicando a toda hora as palavras que considera difícil. • Ofereça elementos
contextuais que conferem sentido à leitura e favoreçam a antecipação do que o
texto diz isto se dá quando o professor comunica aos alunos onde e como
encontrou o texto. • O professor deve mostrar ao portador do texto: se é um
livro, mostrar a capa na qual lê os dados (título, autor, editor): se é um
jornal, faz referência à seção na qual o texto aparece, procurando-a diante
deles: se é uma carta, diz como chegou às suas mãos e aquém está dirigida etc.
• Ofereça informações complementares sobre o texto, o autor, o portador, se o
que vai ler é um conto ou um poema, lê também partes do prólogo do livro ou
conta dado biográficos do autor, se é uma notícia, faz referência a outras
notícias parecidas, se é um texto de uma enciclopédia, pode investigar o que os
alunos já sabem sobre o tema.
Como afirma Maria
Bernadete Abaurre (1998 p. 5-26).
Se o objetivo do trabalho
com a leitura de textos é a constituição de leitores com uma gama variada de
habilidades de leitura, de leitores capazes de ler para informar, para estudar
e entender o ponto de vista de um autor, para compara-lo como o de outros autores,
para buscar e construir novos conhecimentos, para fluir, apreciar e refletir
sobre o conteúdo, a estrutura textual ou os recursos de linguagem utilizados,
para relacionar o texto lido com outros, para criticar aspectos do texto ou da
realidade que retrata etc., o aluno deve ser exposto a textos reais (e não
artificialmente construídos para enfatizarem “um problema de ordem gramática”
ou “temático”) (MARIA BERNADETE ABAURRE, 1998, p. 5-26)
Enfim, para que o
professor possa saber quais é a melhor forma de trazer a leitura para dentro da
sua sala de aula como algo atraente, interessante, talvez o critério mais
eficaz seja o seguinte: agir com seus alunos como gostaria que seus professores
tivessem agido com eles próprios para ajudá-los a serem leitores interessados e
dispostos a “enfrentar” qualquer tipo de texto. Para que a instituição escolar
cumpra sua missão de comunicar a leitura como prática social, mais uma vez
parece imprescindível atenuar a linha divisória que separa as funções dos
participantes na situação didática. Para comunicar às crianças os
comportamentos que são típicos do leitor é necessário que o professor os
encarne na aula que ofereça a elas a oportunidade de participar de atos de
leitura que ele próprio está realizando que estabeleça com elas uma relação de
“leitor para leitor”. Ninguém aprende a gostar de livros apenas ouvindo falar
de livros ou vendo de longe transformado numa prateleira. É necessário que as
crianças peguem e manipule o ingrediente “livro” leia o que está escrito dentro
dele para sentir o gosto e verificar se essa atitude tem ou poderá ter
aplicação prática em seu contexto de vida (SILVA, 1998). A escola deve ter uma
preocupação cada vez maior com a formação de leitores, ou seja, a escola deve
direcionar o seu trabalho para a prática do professor, cujo objetivo não seja
apenas o ensino de leitura em si, mas desenvolver nos alunos a capacidade de
fazer uso da leitura (como também da escrita) para enfrentar os desafios da
vida em sociedade e a partir do conhecimento adquirido com essa prática e com
suas experiências, continuar o processo do aprendizado e ter um bom desempenho
na sociedade ao longo da vida. Segundo Paulo Freire (1989) “leitura do mundo”
“precede a leitura da palavra, ou seja, a compreensão do texto se dá a partir
de uma leitura crítica percebendo a relação entre o texto e o contexto”. Freire
nos remete a prática do professor em sala de aula, tornando a mesma em um
espaço vivo de narrativas e de pesquisas sobre a linguagem oral e escrita, logo
percebemos que a leitura é um processo interativo como afirma Leonardo Boff:
cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de
vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber
como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre
uma releitura [...] sendo assim fica evidente que cada leitor é coautor. Mesmo
sendo o livro um dos principais recursos do professor, ele se depara com uma
nova realidade em sala de aula, sobre o uso das novas tecnologias em educação.
Quando se fala em recursos tecnológicos, pensa-se logo na televisão, no
telefone e, principalmente, no computador. Mas em se tratando de educação
qualquer meio de comunicação que completa a ação do professor é uma ferramenta
tecnológica na busca da qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Exemplos
disso são: o quadro negro e o giz, umas das ferramentas mais antigas e mais
usadas na sala de aula. A internet é a nova tecnologia que tem se mostrado
eficiente nas transmissões de informações e na comunicação, importantíssima na
construção do conhecimento. Por meio dela é possível fazer os mais diversos
tipos de pesquisas, ter acessos a conteúdos completos de livros, revistas,
jornais bem como comunicar-se com o mundo adquirindo informações em tempo real
bem próximo à comunicação face a face. Mediada através do computador uma
potente ferramenta que proporciona inúmeras formas de uso na educação, mesmo
sem o uso da rede mundial de computadores a internet propicia o rompimento da
barreira do tempo e do espaço nos mais variados seguimentos. As tecnologias
sempre existiram, mesmo que não reconhecidas por essa nomenclatura. Elas são as
ferramentas que são utilizadas para solucionar da melhor forma, questões as
quais levariam talvez muito tempo para resolvê-las, tornando mais prático e
confortável o processo de execução das novas atividades diárias. As novas
tecnologias estão em todo e qualquer lugar, sejam em fábricas ou nas demais
empresas dos mais diversos seguimentos, não ficando de fora, é claro, o setor
educacional e, influenciado no processo de ensino-aprendizagem. Sabemos que
essas ferramentas vêm a facilitar a forma do trabalho dentro e fora das
escolas, o que não quer dizer que essa facilidade seja vista por todos com bons
olhos, pois, há uma grande quantidade de profissionais da educação
principalmente professores que não aceitam as novas tecnologias como
instrumento transformador na sua prática pedagógica. Essa rejeição muitas vezes
se dá devido à falta de conhecimento por parte desses profissionais, sobre a
forma como utilizá-las para adquirir praticidade no processo de ensino
aprendizagem. Se as novas tecnologias educacionais não são usadas torna cada
vez mais difícil o processo de inclusão digital tão discutido e esperado. O que
não quer dizer que o uso desordenado dessas tecnologias será bem aproveitado,
pois o que importa é saber usá-las e não apenas usá-las. Como afirma Kenski
(2006, p.215). As tecnologias garantem às escolas a capacidade de se abrirem e
oferecerem educação para todos. Indistintamente em qualquer lugar a qualquer
tempo. O uso intensivo das mais novas tecnologias digitais e das redes
transforma as dimensões da educação e coloca a escola, no “tamanho do mundo”,
em termos econômicos, essa escola é cara. Exige investimento maciço em
equipamentos, pesquisas permanentes e o uso intensivo de vários tipos de
tecnologias, programas e softwares. Precisa de equipes técnicas muito bem
treinadas para o desenvolvimento e manutenção de equipamentos e para apoio e
treinamento da equipe pedagógica e administrativa. E tudo isso só não basta
(KENSKI, 2006, p. 215) O professor deve estar habilitado para trabalhar em
diferentes contextos, tendo em vista as diversificadas oportunidades, as quais
o público escolar está inserido. Não basta apenas a escola disponibilizar novas
mídias se seus professores não estão capacitados para usá-las, pois muitas
vezes os alunos dominam as máquinas mais que seus docentes. Os professores
devem buscar uma formação continuada, dessa forma se atualizam frente ao avanço
tecnológico que surge a cada dia, que associado no seu ambiente de trabalho
proporciona uma fonte inesgotável de pesquisa, conhecimento e aprendizado,
tornando suas aulas mais criativas e agradáveis, com a realidade do público
escolar. Dessa forma surge um novo papel para o docente para todo o processo de
ensino aprendizagem. Levando em conta a importância de um projeto pedagógico
diferenciado, envolvendo a inclusão digital, faz-se necessário que os
professores tenham uma formação vinculada às práticas escolares e tecnológicas,
assim como é fundamental que as escolas incentivem seus docentes a aplicá-las.
3 PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS E ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
3.1. PESQUISA DE
CAMPO.
Tomando por base as
dificuldades que os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental apresentam na
leitura em sala de aula, foi elaborada uma pesquisa em forma de questionário
aos professores regentes de uma escola rural do Município de Tamarana para
averiguar a opinião dos mesmos sobre as dificuldades que os alunos enfrentam na
leitura. No intuito de que a leitura não está dissociada a escrita, em razão de
que ambas caminham juntas no sentido de auxiliar o educando em seu
ensino-aprendizagem. Na referente pesquisa foram entrevistados 03 professores
regentes dessa escola com 3 perguntas cada um, visando o melhor entendimento da
aprendizagem da leitura. A pesquisa teve o objetivo de questionar sobre as
dificuldades que os alunos enfrentam para chegar à escola, o trajeto que fazem
todos os dias, saindo cedo de suas casas para pegarem o ônibus e enfrentar a
distância sempre por estrada de chão batido nem sempre bem conservado,
principalmente em período chuvoso. Em virtude de morarem em assentamentos ou
sítios no município de Tamarana onde, a escola é o único espaço para o
desenvolvimento da leitura, veremos nas respostas dessa pesquisa a preocupação
dos professores em relação dos alunos, sempre buscando a melhor alternativa
para estimular a leitura em sala de aula, utilizando a hora do conto para
empréstimo de livros. Em seguida, são analisados os dados coletados da pesquisa
e feita a discussão dos mesmos através de uma tabela considerando as respostas
dos professores referente às dificuldades dos alunos em interpretar a leitura e
a escrita.
3.1.1 Análise da
Pesquisa de Campo.
Nesta pesquisa
verificou-se que os professores foram unânimes ao afirmarem que o trajeto que
os alunos percorrem de ônibus para chegarem à escola interfere na aprendizagem
em função das estradas serem mal conservadas e a dificuldade aumenta no período
chuvoso. Em relação a segunda pergunta os professores também foram unânimes em
dizer que tanto a leitura quanto a escrita se complementam no aprendizado do
aluno. Na terceira pergunta os professores citaram o projeto oficina de leitura
onde é desenvolvida a hora do conto na qual auxilia a leitura na sala de aula e
o empréstimo de livros da biblioteca pelos alunos da escola uma vez por semana
para que a família também participe da leitura.
3.1.2 Análise e
Discussão das Intervenções.
As atividades realizadas
pelos alunos são de grande importância para a conclusão do estudo e da
problematização que foi citada neste trabalho. A intervenção em leitura e
escrita abrange várias atividades que permite á mediação do professor quanto ao
entendimento do aluno em desenvolver a linguagem oral e escrita. Foram
aplicadas várias atividades em sala de aula como: interpretação de texto
intitulado Os Carneirinhos no Céu, onde os alunos fizeram a leitura individual
em seguida realizou-se as atividades propostas pelo professor, com perguntas
sobre o texto, pesquisando no dicionário as palavras mais difíceis e o estudo
da gramática referente a pontuação. Nesta intervenção alguns alunos tiveram
dificuldades na classificação das palavras quanto a quantidade de sílabas. Após
a correção foi explicado pelo professor como identificar a palavra quanto ao
número de sílabas e sua classificação para que o aluno entenda esse processo.
Na produção de texto foi entregue uma folha sulfite para os alunos com uma
figura de um menino em uma árvore apreciando um passarinho cantor, para que os
alunos fizessem a narrativa da história, a partir dessa figura os alunos
fizeram sua produção de texto individual, com texto informativo foi realizado
um debate e outra produção de texto compartilhada pelos alunos. Após a escrita
dos alunos, o professor pede que estes leiam suas produções de texto e
verifiquem os erros de escrita, juntamente com a mediação do professor os
alunos identificam as palavras erradas em questão. Nestas produções de textos
verificou-se que algumas palavras não estavam escritas corretamente. Na
atividade história escondida, além do aluno ler palavras associadas ao desenho,
interpreta e escreve ao mesmo tempo, faz uma pequena produção de texto ao
decifrar os códigos. A intervenção está na correção onde o aluno percebe que
deve adicionar ou subtrair as palavras em relação aos desenhos. O caça palavras
e a cruzadinha são atividades interessantes como também as histórias em
quadrinhos no desenvolvimento da leitura. A intervenção neste caso é ortográfica
estimulando o aluno a ler e escrever decifrando as charadas para preencher as
lacunas da cruzadinha. Na parlenda os alunos leram as palavras que estão
faltando e as completa e no diagrama ele identifica os símbolos com as sílabas
ou letras para formar as palavras. No ditado o professor utiliza palavras com s
com som de z. a intervenção nestas três atividades foi de valor ortográfico
para verificar como o aluno raciocina na sua interpretação ao ouvir a palavra e
projetá-la no papel e como o aluno faz suas hipóteses ao ler e escrever o que
produziu. Os jogos também se tornaram um recurso importante para estimular o
raciocínio do aluno em leitura. Esses jogos em sala de aula enfocam um conteúdo
específico e objetivo que o professor pretende alcançar, ou seja, utilizar sua
criatividade proporcionando experiências únicas aos alunos ao realizarem esses
jogos tendo o interesse pela educação. Nesta atividade o professor utiliza
dominó de personagens em quadrinhos e pede para que escreva em seu caderno o nome
de cada personagem e façam a leitura dos mesmos para uma melhor compreensão do
jogo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao realizar este estudo
sobre as dificuldades de leitura em sala de aula, buscou-se entender em
primeiro lugar teorias de aprendizagens com a colaboração dos teóricos em
educação e suas explicações sobre como a criança pensa, age, aprende e se
expressa. A escola ao propiciar a aquisição da leitura e escrita, permite que
os alunos interajam com outros alunos participando da cultura e da vida escolar,
juntamente com seus familiares e com a comunidade em que vivem. Os objetivos
foram alcançados, em razão de que os alunos puderam refletir sobre o uso da
leitura e da escrita no seu dia a dia, percebendo que ler é fundamental para a
compreensão da escrita, estabelecendo normas de escrita e leitura, para a
construção textual na interpretação de texto e na identificação das informações
contidas no mesmo. As dificuldades encontradas ao longo deste estudo foram
várias, houve dificuldade em elaborar uma boa pesquisa bibliográfica e também
na pesquisa de campo, nada que pudesse atrapalhar a realização deste trabalho.
Ao longo deste trabalho, realizou-se as expectativas esperadas, com relação a
leitura e a escrita dentro deste contexto. Na pesquisa de campo superou as
expectativas pelo contato com os alunos em vivenciar suas dificuldades e seu
aprendizado.
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ANEXOS
ANEXO A:
Questionário da Pesquisa
de Campo Perguntas Professor Resposta O trajeto que o aluno percorre interfere
na sua aprendizagem? 1º - Professor Sim, a maioria deles mora muito longe, já
chegam cansados, e sem muito ânimo para a aprendizagem. 2º - Professor Não, os
alunos já acostumaram a fazer esse trajeto, para eles em minha opinião é
normal. 3º Professor Interfere e muito, principalmente na concentração da
leitura em função do cansaço, muitos levam livros para casa para lê-los,
demorando em entregá-los em razão de a estrada estar intransitável. Em sua
opinião, o que é mais importante para o aluno, a leitura ou a escrita? Por quê?
1º Professor As duas são importantes, por que uma está interligada a outra, o
aluno lendo é mais fácil para escrever. 2º Professor Tanto a leitura como a
escrita é importante, porque é a base do aprendizado do aluno 3º Professor As
duas são importantes, porque uma complementa a outra. Existe algum projeto na
escola que auxiliem os alunos na leitura? 1º Professor Existe o projeto Oficina
de Leitura onde é desenvolvida a hora do conto. 2º Professor A hora do conto
auxilia e muito no desenvolvimento da leitura em sala de aula. 3º Professor A
hora do conto é muito importante, auxiliando na leitura em sala de aula e no
empréstimo de livros para os alunos através da biblioteca da escola uma vez por
semana.
ANEXO B:
Atividades Realisadas
Pelos Alunos Na Intervenção. As palavras sublinhadas nesta produção de texto
foram corrigidas juntamente com o aluno após a intervenção. Neste texto informativo
foi realizado um debate com os alunos sobre o déficit educacional e falta de
estímulo para a leitura. Os alunos leram o texto pelo menos duas vezes, foi
discutido o conteúdo da história e depois fizeram a interpretação de texto.
Este aluno após a correção da atividade teve algumas dificuldades no número de
sílabas para a sua classificação. A partir da intervenção o aluno pode corrigir
seus erros ortográfico. Nesta atividade o aluno teve que decifrar as perguntas
e colocá-las na cruzadinha para realizá-la teve que fazer a leitura e utilizar
a escrita e foram corrigido os erros ortográfico. No caça palavras o aluno teve
que utilizar a leitura para identificar as palavras e colorindo-as. Nesta
atividade o aluno teve que ler e escrever ao mesmo tempo, foram corrigidos os
erros ortográficos. Esta atividade o aluno teve que associar letras, palavras,
e símbolos para realizar a leitura e escrita. Os alunos fizeram a leitura e
disseram o que eles mais gostaram da história. Este aluno ainda não consegue
escrever com letra cursiva, a intervenção foi ortográfica. Nesta atividade os
alunos identificaram os personagens do jogo, escreveram os mesmos no caderno e
jogara os dominós. Este texto foi produzido como texto compartilhado e
reestruturado da maneira correta onde parágrafos e pontuação foram corrigidos
juntamente com os alunos.
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